A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) previu ontem que a receita das exportações do “complexo soja” (que inclui grão, farelo e óleo) em 2017 será um pouco maior que a deste ano, diante do esperado aumento nos volumes vendidos do grão e do farelo. A entidade estima que os embarques somem US$ 25,88 bilhões, 0,6% acima dos US$ 25,73 bilhões esperados para 2016.
Conforme a entidade, serão exportadas 57 milhões de toneladas de soja em 2017, 8,6% acima das 52,5 milhões apontadas para este ano. Já os embarques de farelo crescerão 2%, a 15,5 milhões, ainda que os do óleo caiam 7%, a 1,35 milhão de toneladas.
Essa queda no volume vendido de óleo deve ser compensada pelo maior preço médio, de US$ 720 por tonelada, ante US$ 680 em 2016. Já o valor da soja em grão exportada deve recuar de US$ 370 para US$ 350 por tonelada, e o do farelo, de US$ 350 para US$ 320.
A Abiove também reduziu suas estimativas para o processamento de soja e a produção de farelo e óleo este ano, mas previu volumes maiores em 2017. O processamento deve somar 40,3 milhões de toneladas em 2016, 1% menos que as 40,7 milhões estimadas no relatório anterior e já abaixo das 40,5 milhões de 2015. Para 2017, entretanto, a expectativa é de que sejam esmagadas 41 milhões de toneladas.
Já a estimativa para a produção de farelo em 2016 foi reduzida em 1%, para 30,6 milhões de toneladas, mas a previsão da Abiove é de que avance para 31,1 milhões em 2017. Quanto ao óleo de soja, a associação diminuiu em 50 mil toneladas sua expectativa de produção, a 8 milhões de toneladas, mas calcula uma alta para 8,1 milhões no ano que vem.
Os números para 2017 refletem o primeiro levantamento da Abiove para a safra 2016/17, que está em fase de plantio no país. A entidade projeta uma colheita de 101,3 milhões de toneladas de soja, aumento de 4,9% ante o estimado para o ano comercial de 2016, que leva em conta a safra 2015/16.
Fonte: Valor